Há dois anos, Weza da Silva trocou a terra-natal, Luanda, por Lisboa. A ex-hospedeira mudou a sua vida por amor, para seguir o marido, o jornalista Luís Costa Branco, quando este aceitou o desafio de trabalhar na BTV.
Completamente adaptada à capital portuguesa, a angolana sentiu-se à vontade para outros voos, tendo agora um novo projeto: a marca de roupa Kaikura. “A marca ainda é um bebé e deve ser lançada antes do verão”, contou a empresária à Move Notícias, visivelmente entusiasmada com a ideia. Com a assinatura da Kaikura, Weza, de 32 anos, revelará dotes de estilista numa linha de roupa fitness e biquínis.
“Já tinha essa ideia há algum tempo, estava ainda em Angola. Inicialmente era para ser uma linha apenas de biquínis, mas aqui não faz sentido que assim seja, por isso, como sou apaixonada por fitness, decidi desenhar também uma linha de fitness”, acrescentou.
A linha será made in Portugal, mas espelhará as raízes africanas de Weza. “As peças terão pormenores com padrões africanos. Não haverá uma peça só com esses padrões, porque tem cores muito fortes, que marcam muito”, explicou, acrescentando, que a coleção está a ser pensada ao pormenor e será dirigida a todos os tipos de mulheres: “Altas, magras, baixas, com curvas… Tenho até alguns modelos pensados para grávidas”. A empreendedora acredita que a coleção vai agradar a muitas mulheres, especialmente por ser original “Não há igual no mercado português”, prometeu, aguçando a curiosidade sobre o que está para vir.
Nesta nova aventura, Weza conta com o apoio incondicional do marido: “Este é mais um projeto a dois. Ele sempre gostou desta ideia e apoia-me sempre”. Apesar de o projeto Kaikura estar pensado há algum tempo, foi sendo adiado. Isto porque, como mãe de duas crianças – Kendi, de 4 anos, e Chlóe, de 1 –, assume que nem sempre é fácil conciliar a maternidade com a vida profissional. “Não é impossível, mas não é fácil. O Kendi já anda na escola, mas a Chlóe fica comigo, portanto tento fazer as minhas coisas quando ela está a dormir”, referiu.
Saudades de voar
Foi a primeira gravidez que levou Weza da Silva a deixar de ser hospedeira de bordo. “Sinto muitas saudades de voar, é um bichinho que ainda tenho. Quando vejo um avião da TAAG, quase me cai uma lágrima”, confessou, ressalvando que apesar disso se sente “feliz e realizada”: “A minha prioridade é a família”.
Na memória ficam muitas aventuras nas altitudes para contar aos herdeiros. “A minha profissão já não me fazia muito feliz, pois a família passou a ser a parte mais importante da minha vida. É verdade que conheci muitos países e vivi aventuras que vou contar aos meus filhos. Aliás, o Kendi já sabe que eu fui hospedeira de bordo e quando vê um avião, diz que é o avião da mãe”, contou, certa da opção que tomou.
Fotos: Move Notícias/ Reprodução