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Bombistas do aeroporto de Bruxelas são dois irmãos

Os dois bombistas suicidas, que na terça-feira lançaram o terror no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, são irmãos. Khalid e Brahim El Bakraoui, viviam na capital belga e tinham ligações com Salah Abdeslam, o principal suspeito dos atentados de Paris, ocorridos em novembro do ano passado.

Segundo a estação pública belga RTBF, ambos tinham antecedentes criminais, mas não estavam indiciados pela prática de atos terroristas.

Na terça-feira, foi divulgada uma fotografia dos três suspeitos da autoria do ataque ao aeroporto internacional de Bruxelas. Dois fizeram-se explodir e um terceiro está a ser alvo de uma caça ao homem, da qual fez parte a operação policial no bairro de Schaerbeek, que terminou ao início desta quarta-feira.

Não foram ainda reveladas quaisquer informações sobre o resultado dessa operação, a não ser que a polícia belga encontrou, naquele bairro, uma bomba de pregos, materiais químicos, uma bandeira do auto-proclamado Estado Islâmico e ainda impressões digitais do principal suspeito dos ataques de Paris, em Novembro, Salah Abdeslam (detido há cinco dias).

O homem que todos procuram é Najim Laachraoui, de 25 anos, procurado pelas forças de segurança desde 2014 (foi emitido um mandato de captura internacional em março desse ano).

Nas buscas domiciliárias que se seguiram aos ataques de Paris, foi encontrado ADN de Laachraoui em casas utilizadas pelos atacantes e o suspeito terá ainda viajado com Salah Abdeslam para a Hungria, em setembro.

O ataque a Bruxelas resultou na morte de 31 pessoas e fez 260 feridos.

Estado Islâmico reivindicou ataques
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria dos atentados em Bruxelas, segundo a agência de notícias Amaq, vinculada à organização jihadista.

Através de um comunicado, a agência afirmou que combatentes do grupo “detonaram uma série de bombas, coletes e outros explosivos no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metro Maelbeek, no centro de Bruxelas, capital da Bélgica, um país que participa da coligação internacional contra o Estado Islâmico”.

Anteriormente, num comunicado publicado na plataforma “Telegram”, o EI tinha informado que a operação em Bruxelas “foi baseada em uma planificação e atuação em grande velocidade”. Os atentados na Bélgica ocorreram dias após a prisão de Saleh Abdeslam, principal suspeito dos ataques terroristas de Paris em novembro. O EI informou ainda que vai realizar “outras operações na Europa”.

Tintim: Símbolo de solidariedade
Os internautas de todo mundo partilharam imagens de Tintim a chorar, como forma de expressar a solidariedade para com os belgas.

Criados pelo cartunista belga Georges Remi, conhecido como Hergé (1907-1983), o repórter Tintim e o seu cão Milu são um símbolo da Bélgica e as suas imagens inundaram as redes sociais, ao lado de hashtags como #JeSuisBruxelles (#SouBruxelas) e mensagens de apoio à população belga.