Após a visita histórica de Barack Obama a Cuba, na semana passada, Fidel Castro criticou o discurso do líder norte-americano, que defendeu a aproximação entre os dois países.
Num artigo publicado, na segunda-feira, no jornal “Granma”, o ex-chefe de Estado cubano defendeu que as palavras “melosas” de Obama são impróprias para cardíacos e que os cubanos correram riscos ao ouvir o presidente dos Estados Unidos.
“Não precisamos que o império nos presenteie com nada”, escreveu Fidel no artigo, intitulado “O irmão Obama”. “Que ninguém se iluda, o povo deste país nobre e desinteressado não renunciará à glória, aos direitos e à riqueza espiritual que conquistou com o desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura”, acrescentou.
Fidel lembrou ainda a invasão da Baía dos Porcos, em 1961, momento histórico que reforçou a divisão entre EUA e a Cuba revolucionária. “Uma força mercenária com canhões e infantaria blindada, equipada com aviões, foi treinada e acompanhada por navios de guerra e porta-aviões dos EUA, atacando de surpresa o nosso país. Nada poderá justificar aquele ataque que custou ao nosso país centenas de baixas entre mortos e feridos”, insistiu.
Agora só o futuro dirá se a guerra fria entre os dois países chegou mesmo ao fim.