Os homens são menos propensos a ir ao médico do que as mulheres, e também costumam escolher profissionais do mesmo sexo para as consultas. Mas, segundo um estudo, eles são mais honestos sobre os seus sintomas quando são atendidos por alguém do sexo oposto.
De acordo com os cientistas da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, essas conclusões podem explicar o porquê dos homens morrerem, em média, cinco anos mais cedo do que as mulheres.
Numa pesquisa, cerca de 250 homens responderam a questionários sobre noções de masculinidade e sobre os médicos de preferência. Também foram atendidos por estudantes de medicina e enfermagem de ambos os sexos, para falar sobre as suas condições de saúde. Numa outra pesquisa conduzida pela equipa, foram entrevistados homens e mulheres – no total de 298 pessoas.
A equipa constatou o que muita gente já sabe: os homens são mais propensos a ignorar problemas de saúde, ou adiar a procura por um tratamento, do que as mulheres. Os resultados também mostraram que, apesar de escolher médicos homens, eles têm mais dificuldade em falar abertamente com eles, provavelmente pelo receio de parecerem vulneráveis à frente de alguém do mesmo sexo.
Curiosamente, na pesquisa que envolveu mulheres, algumas delas também demonstraram valorizar bastante a autosuficiência. E estas participantes, assim como os pares do sexo oposto, também foram mais propensas a negligenciar sintomas e adiar uma ida ao consultório médico. Para ambos os sexos, essa característica refletiu-se em piores condições de saúde.
Para os autores, o desejo de não depender de ninguém pode ser perigoso para a saúde, independentemente do sexo.