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O último adeus ao Senhor Contente

O país quase parou no último adeus a Nicolau Breyner, um homem genial que tocou os portugueses de várias formas, um alentejano de raça que soube viver a vida em pleno.

Após a cerimónia religiosa, a urna do ator, coberta com a bandeira de Portugal, saiu do templo e antes do cortejo fúnebre foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao “pai da ficção”. Depois desse momento solene, ouviram-se aplausos e houve quem cantasse Hino Nacional. Junto ao caixão estava a medalha de Grande Oficial da Ordem do Mérito, com a qual o ator foi condecorado em 2005 pelo então presidente da República, Jorge Sampaio.

Os carros fúnebres – cinco no total, sendo que quatro transportavam apenas ramos e coroas de flores – partiram às 16h55 novamente sob uma chuva de aplausos, que também foram ouvidos ao longo de todo o percurso pelas ruas de Lisboa, cidade que acolheu Nico quando este deixou Serpa, a sua terra natal.

O cortejo, acompanhado por batedores da PSP, passou pela Lapa, pela casa do ator, pelo Rato, pela Avenida da Liberdade – perto do Parque Mayer onde tantas vezes Nicolau subiu ao palco – e terminou no cemitério do Alto de São João, onde o corpo do artista foi cremado, como era o seu desejo.

No cemitério uma multidão aguardava o caixão para se despedir do artista, cujo trabalho ficará na memória de várias gerações.

Fotos: José Gageiro e Alexandra Martins do Vale