Portugal foi o país da União Europeia com a taxa de fertilidade mais baixa em 2014, de 1,23 bebés por mulher, e foi também o Estado-membro que registou a maior queda de nascimentos desde 2001 e 2014, revela esta terça-feira o Eurostat.
Em 2014 nasceram em Portugal 82 367 bebés, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Foi o ano em que se registaram menos nascimentos desde que há registos fiáveis. E comparando com os números de 2001, em que nasceram 112 774 bebés, houve menos 30 mil nascimentos.
No ano passado, no entanto, já se registou uma inversão: segundo dados provisórios do INE, nasceram 85 778 bebés, a primeira subida desde 2010.
A taxa de fertilidade (ou de fecundidade) é o número de médio de filhos por mulher em idade fértil. Uma taxa de fertilidade de cerca de 2,1 nados vivos por mulher é considerada como aquela que corresponde ao nível de renovação da população nos países desenvolvidos, sem ter em conta movimentos migratórios.
No entanto, na União Europeia (UE), só a França registou uma taxa de fertilidade superior a 2,0, sendo seguida da Irlanda (1,94), Suécia, (1,88) e Reino Unido (1,81). No extremo oposto da lista, aponta o Eurostat, as taxas de fertilidade mais fracas foram registadas em Portugal (1,23), Grécia (1,30), Chipre (1,31), Espanha e Polónia (ambos com 1,32).
Os dados do gabinete oficial de estatísticas da UE revelam que em 2014 nasceram 5,1 milhões de bebés no conjunto dos 28 Estados-membros – contra 5,0 milhões em 2001 -, tendo em média a taxa de fertilidade aumentado de 1,46 em 2001 para 1,58 em 2014, ano em que variou entre 1,23 em Portugal e 2,01 em França, os países na cauda e no topo da lista, respetivamente.
Relativamente à idade média das mulheres aquando do nascimento do seu primeiro filho, a média europeia é de 28,8 anos, variando entre os 25,8 anos de idade na Bulgária e os 30,7 anos em Itália, surgindo Portugal com uma média de 29,2 anos.