Cineclubista, realizador, espectador e crítico de cinema, Alberto Seixas Santos terá uma retrospetiva integral, a partir de segunda-feira, na Cinemateca Portuguesa, num ciclo intitulado “O realismo utópico”.
“A retrospetiva que agora lhe dedicamos centra-se na sua obra como cineasta, consubstanciada nas cinco longas-metragens que realizou entre 1974 e 2011, trabalhando as ideias da representação, de descontinuidade, de integração de materiais de proveniência vária”, refere a Cinemateca na programação.
A retrospetiva começa com “E o tempo passa”, de 2011, a última longa-metragem de Alberto Seixas Santos, protagonizada por Isabel Ruth e Sofia Aparício.
Até ao final do mês, a retrospetiva mostrará, por exemplo, “Brandos Costumes”, rodado antes da revolução de abril, mas só estreado em setembro de 1975.
Alberto Seixas Santos foi um dos realizadores de “As Armas e o Povo”, rodado em 1974, e de “A lei da terra” (1976), sobre o processo de reforma agrária.
O ciclo da Cinemateca exibirá ainda “Gestos & Fragmentos – Ensaio sobre os militares e o poder” (1982), com Otelo Saraiva de Carvalho, Eduardo Lourenço e Robert Kramer, “Paraíso Perdido” (1992) e “Mal” (1999).
A estas longas-metragens juntam-se alguns filmes curtos, como “A indústria cervejeira em Portugal” (1967) e “A rapariga da mão morta” (2005).