Célia Barreto, mãe de Rodrigo Lapa de 15 anos que terá sido assassinado pelo padrasto, foi obrigada a abandonar, na sexta-feira, o velório do filho, que decorreu na Igreja da Misericórdia da vila de Estômbar, em Lagoa.
A mulher, que horas antes tinha entregue a filha de seis meses à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Portimão, foi recebida com insultos e apupos pelos familiares do pai do jovem e saiu do local escoltada pela GNR.
Segundo o “Correio da Manhã”, o adolescente foi assassinado dentro de casa, num altura em que a mãe se encontrava na habitação. Rodrigo foi amarrado depois de morto, para facilitar o transporte do cadáver para o terreno baldio a 100 metros de casa, onde foi encontrado na última quarta-feira pela polícia.
Célia disse que estava a dormir e foi acordada com o barulho da discussão entre o companheiro e o filho, mas assegurou que pensou que Rodrigo tinha fugido.
A discussão entre o jovem e o padrasto começou quando Joaquim Lara Pinto descobriu, um dia antes de ter viagem marcada para o Brasil, que o enteado lhe tinha roubado algumas centenas de euros para comprar um telemóvel novo. Após largar o corpo, Joaquim Lara Pinto saiu do Algarve, seguiu para Lisboa e, no dia seguinte viajou para Madrid, onde apanhou o avião para o Brasil.
As cerimónias fúnebres do jovem realizaram-se este sábado de manhã na Igreja Matriz de Estômbar, sob fortes medidas de segurança. Para hoje, mas às 21h na zona ribeirinha de Portimão está marcada uma homenagem ao rapaz. Os organizadores pedem a todos que quiserem participar que se vistam de branco e tragam uma flor da mesma cor.
