As circunstâncias da morte de Rodrigo Lapa, cujo corpo foi encontrado na última quarta-feira em Portimão ainda não estão esclarecidas, mas tudo leva a crer que se tratou de um homicídio, o que está a chocar o país.
A Polícia Judiciária (PJ) mantém todas as hipóteses de investigação em aberto, mas encontrou indícios de que o jovem terá sido vítima de homicídio e o padrasto do adolescente é o principal suspeito das autoridades.
Joaquim Pinto fugiu para o Brasil, a sua terra-natal, no dia em que Rodrigo desapareceu. Agora, caso venha a ser constituído arguido, pode ser julgado em terras de Vera Cruz, apesar de a sua extradição para Portugal não ser possível, por ser um cidadão brasileiro. Se for condenado, Joaquim Pinto também poderá cumprir pena no seu país.
Sinalizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
O adolescente estava sinalizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Lagoa. Sem adiantar pormenores sobre o caso, o jurista Paulo Macedo disse à agência “Lusa” que a sinalização terá sido encetada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Lagoa, local onde o jovem residia com o pai, e que terá transitado para a Comissão do concelho de Portimão, após mudança de residência.
Este responsável explicou que, de acordo com a lei em vigor, quando um caso é sinalizado por uma CPCJ, o processo é analisado para perceber quais os perigos e riscos em causa e para perceber em que medida pode intervir.
Autópsia concluída
A autópsia a Rodrigo Lapa foi concluída, mas terão de ser realizados exames complementares, avança a agência “Lusa”.
O que significa que o corpo poderá ser libertado para a realização do funeral, embora ainda não haja um relatório final da autópsia, sendo que, nestes casos, a realização de exames complementares pode demorar entre seis a oito semanas.
Homenagem a Rodrigo no sábado
Entretanto, nas redes sociais, está a ser convocada para sábado, às 21h00, uma homenagem ao adolescente, na zona ribeirinha de Portimão, para a qual as pessoas são convidadas a levar uma peça de roupa branca e uma flor branca.
A organização, que divulga o evento na página “Até Sempre Rodrigo Lapa”, refere ainda que, às 21h30, está previsto que se cumpra um minuto de silêncio e se atirem as flores ao rio Arade.
Recorde-se que Rodrigo desapareceu no dia 22 de fevereiro e foi encontrado morto, na quarta-feira, a 100 metros da casa, que divida com mãe, o padrasto e a irmã, amarrado pelas mãos e com fios elétricos no pescoço.