Criada em 2006, a Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) dedica-se ao apoio, informação e defesa da comunidade de pessoas que procuram soluções na realização do sonho de ter um filho, sem sucesso.
Nesse âmbito, a referida entidade vai lançar nos próximos dias uma campanha nacional junto do público universitário, cujo objetivo é apelar para a doação de óvulos e espermatozoides.
“Há muitos casais que precisam da doação de gâmetas – óvulos e/ou espermatozoides – para conseguirem concretizar o sonho de serem pais. Estes casais apenas podem contar com o altruísmo de outras pessoas, que aceitam doar os seus gâmetas. Por ser um assunto tão importante e que muda, efetivamente, a vida de tantas pessoas, a APFertilidade decidiu lançar uma campanha em universidades de todo o país, a apelar para esta doação”, explica Cláudia Vieira, Presidente da APFertilidade.
A campanha terá início nos próximos dias e consistirá na afixação de cartazes e na distribuição de folhetos explicativos do processo. Neste momento 104 faculdades e institutos politécnicos já aceitaram divulgar a campanha juntos dos seus alunos.
A ação conta ainda com o único Banco Público de Gâmetas do país (situado na Maternidade Júlio Dinis, no Porto) e de mais 12 clínicas privadas.
“Sabemos que este é um primeiro passo para abordarmos esta questão, que ainda levanta tantas dúvidas à sociedade em geral. O que queremos é que as pessoas percebam que este é um gesto altruísta, que ajudará um casal a concretizar o sonho de uma vida. O facto de termos escolhido as universidades para esta campanha deve-se a este público estar no auge da sua idade fértil e por isso potenciar a qualidade do material doado. Consideramos que através das universidades e das suas associações conseguimos direcionar melhor a campanha e chegar a um elevado número de pessoas com potencial para se tornarem dadores”, conclui a responsável que mantém a esperança de levar a mensagem ao maior número de pessoas possível.
Lembre-se que infertilidade, ou esterilidade, é um problema importante que afecta muitos casais. Alguns números indicam que a infertilidade conjugal atinge, na população mundial, cerca de 10 a 15% dos casais em idade fértil, sendo mais frequente nos casais com idade mais elevada.