Foi há oito anos (corria o ano de 2008) que o malogrado ator de “Joker” – o seu último papel em cinema – perdeu a vida em consequência de uma overdose medicamentosa.
Com apenas 28 anos, e uma carreira promissora pela frente, Heath Ledger deixou um legado na indústria cinematográfica.
No aniversário da sua morte, Ledger foi recordado pelo seu colega, Jake Gyllenhaal.
Os atores que protagonizaram uma das mais emblemáticas e polémicas histórias de amor do cinema no filme “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005), onde davam vida a um casal de cowboys gay, tornaram-se grandes amigos e, quando da morte de Ledger, Jake remeteu-se ao silêncio.
Hoje com 35 anos, Gyllenhaal comentou em entrevista à revista People como a morte precoce de Ledger afetou a sua vida: “Deu-me a noção de que nada é para sempre, algo que não tinha naquela época. Afetou-me muito pessoalmente de forma que não consigo colocar em palavras ou talvez não queira expor publicamente”.
O desemprenho de ambos no drama dirigido pelo cineasta Ang Lee, levou a que fossem nomeados para o Óscar em 2006. Durante as filmagens do longa, Ledger conheceu a atriz Michelle Williams, com que acabou por se casar e ter uma filha.
“Éramos muito novos. Percebi que a atenção que ganhamos como consequência do sucesso de um filme não importa. O que importa de verdade são as relação que você cria com as pessoas com quem trabalha e o que aprende durante as filmagens. A morte dele mudou-me muito”, confessou o ator que admite ter “muitas saudades” do seu “melhor amigo”.
“Sinto a falta dele enquanto pessoa e sinto falta de trabalhar com ele. E que coisa triste que é não podermos ver mais a beleza da sua expressão”, disse Jake, antes de completar: “Hoje eu tento marcar a minha presença. Quero ter relacionamentos que possam ser tão reais quanto possível no set de filmagens, estar próximo das pessoas porque eu sei que isso é precioso. Percebi que, não só esta carreira pode acabar num curto período de tempo, como também a vida é preciosa. Eu acho que perder Heath fez-me afastar das coisas que não importam e aproximar do que é importante”.