A esperança média de vida tem vindo a aumentar nos últimos anos, no entanto para muita gente chegar aos 80 ainda parece que estar a deixar “a existência pela metade”.
Ao longo dos tempos, muitos foram os estudos feitos para descobrir o segredo da longevidade. No entanto parece que finalmente foi encontrada a resposta no lítio.
Segundo uma equipa de pesquisadores da Universidade College London, no Reino Unido, a substância usada, regularmente, no tratamento de distúrbios mentais pode guarder a chave para “ganhar” alguns anos de vida.
Pelo menos para um determinado tipo de inseto: a mosca-das-frutas.
Em doses baixas, o lítio prolongou a vida desses invertebrados. Os cientistas dizem que a descoberta pode levar ao desenvolvimento de novas drogas que ajudem as pessoas a viver vidas mais longas e saudáveis.
O lítio é receitado por psiquiatras para controlar transtornos mentais, como a bipolaridade e a depressão, mas pode provocar uma série de efeitos colaterais se ministrado em doses altas.
A ciência ainda não sabe explicar muito bem como o lítio atua no cérebro, mas nas moscas a substância retarda o envelhecimento através do bloqueio de uma enzima conhecida como GSK-3.
“A resposta das moscas para doses baixas de lítio é bastante encorajadora e nosso próximo passo é atacar o GSK-3 em animais mais complexos”, afirmou Linda Partridge, responsável pelo estudo.
Para a Organização Não Governamental britânica Parkinson’s UK ,ajudou a financiar o estudo, “esta pesquisa tem o potencial de gerar idosos mais saudáveis e também oferecer possíveis soluções para tratar ou prevenir doenças, como o Mal de Parkinson”.
“Dessa forma, podemos no futuro pensar em desenvolver testes em humanos”, acrescentou.
O estudo foi publicado na revista científica Cell Reports e concluiu que as moscas tratadas com lítio viveram 16% mais do que a média.
Por outro lado, quando a substância foi ministrada em alta dosagem, diminuiu o período de vida dos insetos.
“As doses baixas não apenas prolongaram a vida das moscas mas também protegeram seus organismos do stresse e ainda bloquearam a produção de gordura “, acrescentou Ivana Bjedov, que faz parte da equipa responsável pelas descobertas.