A cantora britânica, que subirá ao palco do NOS Primavera Sound, no Parque da Cidade do Porto, a 10 de junho próximo, lançou recentemente o seu nono álbum, que surgiu como inspiração das suas viagens por Afeganistão, Kosovo e Washington D.C, onde sentiu de perto os efeitos da Guerra.
“The Hope Six Demolition Project”, título da mais recente obra de PJ Harvey, teve ainda como base inspiradora a visita da cantora à exposição “Darkness Visible” do fotojornalista Seamus Murphy, um especialista em cenários de guerra que, consequentemente, acabou também por participar neste projeto, com o selo da Island Records.
O álbum, que tem um apelo a diversas causas sociais, foi gravado de uma forma bastante curiosa, uma vez que Harvey permitiu que diversos grupos fãs estivessem no estúdio, em Somerset House, Londres, a acompanhar todo o processo, como se de uma exposição se tratasse. Ainda assim, não é seguro que tenha existido alguma interação entre a protagonista e o público presente.
Com 11 faixas, é possível encontrar tendências blues e gospel, género que PJ sempre explorou, em “River Anacostia”, pop e guitarras rock em “The Weel” ou, ainda, um saxofone mais livre e, por vezes, dissonante, de Mike Smith, em “The Ministry of Social Affair”.