A solidão e o isolamento social tem um impacto direto no risco de doença coronária e acidente vascular cerebral.
A conclusão é de um estudo do Departamento de Saúde da Universidade de York, no Reino Unido, que indica que a ausência de relações sociais tem um efeito direto e nocivo na saúde cardiovascular. O resultado do mesmo mostra que estar só ou socialmente isolado vale tanto como a ansiedade ou a tensão no trabalho, quando estamos a falar de factores de risco para problemas cardíacos ou AVC (acidente vascular cerebral).
Mais concretamente, as pessoas que vivem sozinhas ou que carecem de relações sociais e afetivas, correm um risco de doença coronária 29% maior do que aquelas que têm uma vida social estabelecida. Além disso, as pessoas solitárias são ainda 32% mais propensas a sofrer um acidente vascular cerebral.
À revista Time, a mentora do estudo, Nicole Valtorta, revela que estas percentagens podem ser explicadas pelo facto das pessoas solitárias tenderem a ter um estilo de vida menos saudável, a serem mais stressadas e depressivas. Para a investigadora, a solidão apresenta um impacto no coração idêntico ao stress e ansiedade.
Para a investigação, a equipa passou a pente fino 16 bases de dados electrónicos com informações acerca da longevidade, estilo de vida e relações de pessoas de vários países, e analisaram, ainda, 23 estudos com cerca de 181 mil pessoas saudáveis, de forma a perceber como a vida social pode ser determinante para a saúde.
O estudo foi publicado esta semana no site da revista Heart.
Outro estudo, publicado também este mês, já tinha revelado que quem perde um companheiro ganha um risco acrescido de 41% de apresentar um perigoso batimento cardíaco irregular.