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Agências de moda vão a tribunal por graves acusações de grupo de modelos

As conceituadas agências de moda Elite, Click, Whilemia Models, Whilemia Models International, Next Management, Major Model Managment, MC2/MC2 Model e Talent Miami vão a tribunal, em Nova Iorque, no próximo mês de junho.

Em causa estão as denúncias feitas por um grupo de modelos que se uniram com o intuito de acabar de vez com os atos bárbaros que dizem ter sofrido quando trabalharam para as referidas companhias.

Trabalhos sem remuneração, honorários falsos, intervenções cirúrgicas para redução da massa muscular, consumo de drogas e, pior do que tudo isso, exploração sexual a menores são alguns das acusações feitas pelas modelos, apostadas que estão em desmascarar o lado mais obscuro do mundo da moda.

Apesar de tudo isto, ao jornal britânico “Daily Mail”, representantes das referidas agências asseguraram que essas acusações não estão fundamentadas e que têm o único objetivo de acabar com a indústria da moda.

Toda esta situação foi despoletada pela modelo Lousia Raske (na foto em cima) que, quando ainda estava no ensino secundário, viu uma foto sua na capa de uma conhecida marca de cosméticos, sem ter recebido qualquer pagamento para isso. Contactou posteriormente a agência para a qual tinha feito a foto mas os seus representantes não assumiram a responsabilidade por essa publicidade gratuita. Intrigada, ligou a outras colegas de profissão e deparou-se com a realidade: no mundo da moda essa era uma prática habitual.

Rachel Blais, também ao “Daily Mail”, explicou como se uniu a este rol de acusações, contando que, quando tinha 19 anos, foi obrigada a realizar uma lipoaspiração. A agência para a qual trabalhava informou-a que adiantaria o valor das despesas e que, posteriormente, elas as pagaria com trabalho. Uma situação que a manteria “presa” à agência.

Apercebendo-se da cilada, recusou-se a entrar na sala de operações, mas a companhia, cujo nome não é revelado, encaminhou-a para outro trabalho, apresentando-lhe um lista de fotógrafos que deveria visitar. “Terás de fazer o que eles te pedirem”, informaram. Rachel conta, então, que viu aí muitas modelos a manterem relações sexuais de forma voluntária com os seus chefes, sendo que as que resistiram fizeram o mesmo mas de forma involuntária.

Essas e outras denúncias serão agora ouvidas por um juiz nova-iorquino.