Os bons resultados da novela “A Única Mulher”, habitual líder no horário, deram origem à terceira temporada deste formato, que se estreou na noite desta segunda-feira (dia dois de maio).
Assinado por Maria João Mira, a trama tem vindo a surpreender e a levar a uma fidelização por parte do público cada vez maior.
A introdução de temporadas numa novela é algo inédito na ficção portuguesa, no entanto a extensão do número de episódios exige aos atores (principalmente aos protagonistas) uma maior disponibilidade.
É o caso de Alexandra Lencastre, que dá vida a Pilar Sacramento, uma personagem que considera “tonta” e que espera que tenha “um final bombástico”, ainda que não se adivinhe fim à vista para o projeto.
A gravar há cerca de 19 meses, a atriz realça o método de sucesso encontrado pela TVI – “Há uma nova forma de narrativa e estas temporadas servem para isso, para introduzir novos “plots” na ação, sem quebrar a coluna vertebral da história. É para cativar o público” – mostrando-se feliz por integrar este projeto vencedor, acusando no entanto algum cansaço.
“Sinto me cansada claro mas não se pode parar. Se o fizessemos agora, parava a emissão, as pessoas mudavam de canal, e todos nós temos essa noção”, ressalva Alexandra lembrando que, ao longo do tempo, tem conseguido tirar “uma ou outra semana”, como aconteceu recentemente, altura em que rumou a São Tomé e Príncipe acompanhada por Diogo Infante (com quem contracena na peça Plaza Suite) e as respetivas famílias: “Foi um convivio interessante, houve contato com a natureza e com a realidade deles e deu para descansar”.
A atriz, a par da novela, continua em digressão com a peça Plaza Suite, altura em que despe a “sua” Pilar, segundo a própria. “Só quando subo ao palco é que consigo esquecê-la, tirando isso, anda sempre comigo”.
Questionada sobre a fórmula do sucesso, apesar do cansaço, Alexandra revela que vai buscar inspiração a “situações do dia a dia”. “Acho que somos um bocadinho vampiros uns dos outros e das situações. Uso muitas vezes a minha vida, presente e passada, para conseguir imprimir determinados sentimentos nas personagens que desempenho”, explica a veterana.
Consciente da durabilidade de “A Única Mulher” – e do sucesso – Alexandra Lencastre está pronta para o que vier.
Afinal, ainda não está posta de lado a hipótese de uma quarta temporada. Questionado sobre essa eventualidade, Luís Cunha Velho, diretor-geral da estação de Queluz de Baixo, revela que “ainda é muito cedo” para falar sobre a questão.
