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Áustria quer expropriar casa onde Hitler nasceu

O governo austríaco anunciou que apresentou um projeto de lei com o principal objetivo de expropriar a residência de nascimento de Adolf Hitler e acabar com uma batalha judicial, evitando ao mesmo tempo que se torne um local de peregrinação nazi.

Segundo um comunicado do Ministério do Interior austríaco, o objetivo do projeto de lei é a expropriação do proprietário atual e a “transferência da propriedade para o Estado austríaco”.

Este desejo do governo já se arrasta desde os anos 70 para “evitar que o local de nascimento de Hitler se torne um lugar de peregrinação ou memória para aqueles que guardam ideias” nazis, mas o ministério explicou que o objetivo nunca foi cumprido por causa de uma disputa com o proprietário do lugar.

A casa onde Hitler nasceu, em 20 de abril de 1889, está localizada no coração da cidade de Braunau am Inn (norte do país).
Apenas uma placa dá pistas sobre sua particularidade, com a frase “A favor da paz, da liberdade e da democracia. Fascismo nunca mais, advertem milhões de mortos”.

A grande casa com fachada amarela está vazia desde 2011, quando o governo se envolveu numa uma batalha judicial com a atual proprietária, Gerlinde Pommer, uma moradora da cidade, cuja família é dona do edifício há mais de um século.

Na década de 1970, o governo austríaco assinou um contrato de aluguer com a família e transformou a casa num centro para deficientes. No entanto, em 2011 o contrato terminou, quando Pommer não permitiu obras no local.

O destino desta casa provocou um quente debate entre os 17 mil habitantes de Braunau.

Alguns querem que a casa seja transformada num centro para refugiados, outros num museu dedicado à libertação da Áustria.

Houve até mesmo pedidos para a sua demolição, mas o edifício faz parte do centro histórico da cidade e está, portanto, sob a proteção do património.

Todos os anos, no aniversário de Hitler são organizados protestos antifascistas em frente à casa 15 da rua Salzburger Vorstadt.