O 37.º disco de Bob Dylan é um excelente tributo a Frank Sinatra. No seu estilo descontraído, reinterpreta temas que ficaram famosos nas décadas de 30, 40 e 50 do século passado pela voz do… “The Voice”. Sem lhes tirar a alma jazzística, oferece ainda a essas músicas uma roupagem rústica, embora sempre sofisticada.
“Fallen Angels” surge um ano depois de “Shadows in the Dark” que é, nada mais, nada menos, do que a primeira parte do projeto de Bob Dylan que chegou agora ao mercado. Uma vez mais, a generalidade das canções (a exceção que confirma a regra é “Skylark”…) já foram ouvidas anteriormente na voz de Sinatra, mas isso é algo que não retira a identidade de Bob Dylan neste álbum.
Comprove, aqui, a ouvir “All the Way” tudo o que acabou de ler:
Da melancolia intimista de “Fallen Angels” passamos às texturas eletrónicas da banda germânica “Moderat.”
A maravilhosa união entre Modeselektor e Apparat revela uma notável evolução. Como nos dois primeiros álbuns, onde editaram música extremamente criativa, que atraiu o público e a crítica, o grupo de Berlin aventurou-se e, desta feita, neste “III”, explorou ainda um lado mais introspetivo e sentimental.
Tudo isto poderá ser verificado no dia 11 de junho, altura em que teremos a oportunidade de ouvir ao vivo, no Primavera Sound, estas texturas eletrónicas de synth e bass a cruzarem-se elegantemente com a voz de Sascha.
Até lá, deixe-se levar por este “Reminder”:
A terminar, a última sugestão para esta semana é proveniente do Reino Unido e obra de James Blake. Homem de muitas facetas e qualidades, que até participou, recentemente, com voz e composição no badalado disco “Lemonade” de Beyoncé, o artista inglês lançou este mês o seu mais recente trabalho.
“The Colour in Anything” é intimista, mesmo que alguns arranjos e pormenores pareçam ter ficado por polir. No entanto, até isso é usado de uma forma positiva, visto que torna as canções mais interessantes, ao fazer com que haja uma maior proximidade entre quem as descobre e relaciona com o mundo sonoro deste artista.
James Blake já nos mostrou distintas facetas, fosse a de produtor R&B, a de cantor romântico ou até mesmo a da sua veia mais eletrónica. Neste último álbum reúne todas essas características, conforme pode testemunhar neste “I Need a Forest Fire (feat. Bon Iver):