Com um estilo inconfundível e uma capacidade nata de lidar com a comunicação, François Hollande, presidente da República de França, sabe bem colocar a imprensa dirá “cor-de-rosa” aos serviços dos seus interesses políticos e pessoais.
No mesmo dia em que o chefe de Estado fazia o seu primeiro discurso da campanha política às presidenciais, com a esperança de ser reeleito daqui a um ano, era lançado um livro polémico sobre a sua última namorada, Julie Gayet.
“Mademoiselle”, uma obra escrita pela jornalista do “Paris Match”, Pauline Delassus, é uma verdadeira lista de “confissões e revelações” muito oportunas para os seus protagonistas. Segundo declarações de um ministro à autora para o livro: “Julie é encantadora, natural, uma mulher genial e muito mais terna que as anteriores companheiras de Hollande”.
Declarações que não devem passar despercebidas nem recebidas com agrado por Ségolène Royal, mãe dos quatro filhos de Hollande e companheira do presidente durante mais de vinte anos.
No livro é ainda possível perceber que Julie se está a preparar da melhor forma para o seu papel no Eliseo.
Hollande conhece na perfeição os mecanismos da política-espetáculo, utilizando-os da melhor forma a seu favor. Já quando estava com Séngolè fez várias manobras de diversão, como entrevistas nas quais apareciam sempre juntos, como um casal feliz, e com os quatro filhos. Agora a estratégia passa por preparar o povo para a nova companheira, transmitindo uma imagem que será do agrado de todos.