Desengane-se quem pensou que a cantora, de 57 anos, resolveu integrar a luta do Bloco de Esquerda pela mudança do nome do Cartão do Cidadão. Não, a batalha de Madonna é outra, embora também vise a igualdade de género.
Ainda a propósito do look que apresentou na Met Gala 2016, na madrugada portuguesa do passado dia 3 de maio, e que foi alvo de muitas críticas, a sex-symbol norte-americana resolveu dar troco aos “haters”, mostrando que, apesar de a idade avançar, continua bem fiel aos seus princípios, sempre com um toque revolucionário.
Atente-se, então, nas palavras que partilhou no Instagram: “Nós lutámos e continuaremos a lutar pelos direitos civis e pelo direitos dos homossexuais em todo o mundo. Mas quando se trata dos direitos das mulheres, continuamos na idade das trevas. O meu vestido na Met Gala foi uma afirmação politica e de estilo. O facto de atualmente as pessoas acreditarem que a mulher não pode expressar a sua sexualidade e ser aventureira a partir de uma certa idade é a prova em como continuamos a viver numa sociedade sexista e baseada na idade.”
E prosseguiu assim: “Eu nunca tive um pensamento limitado e não é agora que vou passar a tê-lo. Não podemos efetuar a mudança se não aceitarmos os riscos, sendo destemidos e percorrendo o nosso caminho. Para quem tem problemas pela forma como me visto, isso é apenas um reflexo da sua mentalidade.”
A terminar a sua mensagem, Madonna ainda citou uma cantora que sempre admirou, deixando um apelo claro: “Pela parte que me toca, eu não tenho medo de abrir o caminho para as raparigas que vêm atrás de mim. Como disse um dia Nina Simone, a definição de liberdade é ser destemido. Eu continuarei sem ter remorsos e a ser rebelde, nesta e nas outras vidas. Juntem-se à minha luta pela igualdade de género.”