São várias as mensagens enviadas do avião da EgyptAir que caiu no Mar Mediterrâneo com 66 pessoas a bordo que mostram que havia fumo e fogo dentro da aeronave antes do acidente, segundo um site especializado em segurança na indústria aérea.
O sistema de comunicação ACARS, que envia mensagens automáticas ao centro de manutenção e ao fabricante informando sobre o estado do aparelho, “indicava fogo a bordo”, revelou o site “The Aviation Herald”.
Segundo as mesmas mensagens percebeu-se que havia “fumo na casa-de-banho” e também “nos sistemas eletrónicos” do avião antes do acidente da última quinta-feira.
O avião da Egyptair, que fazia a rota entre Paris e a cidade do Cairo, caiu no mar efetuando duas voltas bruscas após desaparecer dos radares e perder altitude a grande velocidade, sem que até ao momento se conheçam as causas da tragédia, por isso não se descarta a possibilidade de um atentado, nem de falha técnica.
As Forças Armadas do Egito encontraram ontem algumas peças do avião e restos humanos numa área no mar situada a cerca de 290 quilómetros ao norte da cidade egípcia de Alexandria.
As operações de busca e resgate continuam e nelas também colaboram equipas de França, Reino Unido, Itália e Grécia, cujo ministro da Defesa, Panos Kamenos, confirmou que os restos de pelo menos “um corpo humano, dois assentos e uma ou várias peças de bagagem” foram encontrados.
Kamenos explicou ainda que os objetos estavam numa área situada ligeiramente ao sul de onde o A320 desapareceu e que o avião não tinha desviado de sua trajetória de voo prevista.
João Silva, de 62 anos, é o nome da vítima portuguesa que seguia no voo MS804 da EgyptAir. O homem trabalhava para a Mota-Engil era casado e pai de quatro filhos.