Metade das pessoas que tomam antidepressivos não estão, na verdade, deprimidas. A conclusão é de um estudo da McGill University (Canadá) e do Massachusetts College of Pharmacy and Health Sciences (nos Estados Unidos), publicado na revista JAMA.
De acordo com a investigação, que teve por base a análise de dez anos de receitas médicas, cerca de 160 médicos passaram a vinte mil prescrições de antidepressivos, sendo que 50% dessas mesmas prescrições foram receitadas para problemas que em nada tinham que ver com a depressão, lê-se na Time.
Ansiedade, insónia, dor, défice de atenção e bulimia (distúrbio alimentar) foram alguns dos problemas de saúde que levaram os médicos a passarem antidepressivos aos pacientes.
Para os investigadores trata-se de “um fenómeno interessante”, uma vez que os resultados têm tanto de surpreendentes, como de alarmantes, já que estas condições acima escritas não necessitam de fármacos antidepressivos para serem tratadas, podendo a saúde do paciente ficar em causa pelo uso indevido de terapêuticas.