Cultura

Música de Mário Laginha dá inicio a digressão da Gulbenkian

A Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Pedro Neves, inicia quarta-feira, dia 4, uma digressão com o pianista Mário Laginha, anunciou a Fundação Calouste Gulbenkian.

“Esta digressão faz parte de uma série de deslocações que tem levado a Orquestra Gulbenkian a municípios como Marvão, Setúbal, Almada, Coimbra, Alcobaça e Barcelona, onde tocou no Palau de la Música Catalana”, afirma a Fundação em comunicado.

A Orquestra apresenta um programa constituído pela Abertura Sinfónica n.º 3, de Joly Braga Santos, a Sinfonia n.º 5, de Ludwig van Beethoven e o Concerto para piano e Orquestra, de Mário Laginha, obra estreada em 2009, no 31.º Festival Internacional de Música do Algarve.

Os concertos da Orquestra Gulbenkian, em que Mário Laginha é solista, têm lugar no Theatro Circo, em Braga, no dia 4 de maio, no Teatro de Vila Real, no dia seguinte, na Sé Catedral de Viseu, na sexta-feira, e no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco no sábado, 7 de maio.

A Orquestra Gulbenkian foi fundada em 1962, como ensemble de câmara – cordas e baixo contínuo -, tendo evoluído para a formação atual, com cerca 60 músicos. A denominação Orquestra Gulbenkian foi adotada em 1971.

Entre os mais recentes projetos discográficos, a Orquestra fez a primeira gravação mundial do Requiem de Antonio Salieri e gravou com obras de György Ligeti, Zoltán Kodály e Bella Bartók.

Ainda na edição discográfica, gravou com a pianista Sa Chen (2012), e a violinista Arabella Steinbacher (2103),ambas sob a direção do maestro Lawrence Foster.

A Orquestra Gulbenkian editou também um CD destinado ao público infantil com as obras “Pedro e o lobo”, de Prokofiev, “O Carnaval dos animais”, de Saint Saëns e o “Guia da Orquestra para Jovens”, de Britten, sob a direção de Joana Carneiro.

No âmbito do seu 50.º aniversário, a Orquestra Gulbenkian gravou três CD, entre 2012 e 2013, com instrumentistas da orquestra como solistas, sob a direção de Lawrence Foster, Joana Carneiro e Pedro Neves.

Lembre-se que Mário Laginha, 56 anos, estudou piano na escola de jazz Louisiana, em Cascais, dirigida por Luís Villas-Boas, e na Academia de Amadores de Música e, posteriormente no Conservatório Nacional, em Lisboa, com os professores Carla Seixas e Jorge Moyano.

O primeiro trabalho, como profissional aconteceu no teatro, na peça “Baal”, de Bertold Brecht, e, 1980, e posteriormente fez parte do quinteto de jazz de Maria João, cantora com a qual continua a colaborar.

Pianista com ampla atividade na área do jazz tem feito incursões na música erudita, refira-se por exemplo a colaboração com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, em 2009, em que apresentou composições suas inspiradas nas peças de Chopin.

O músico apresentou-se com Bernardo Sassetti (1970-2012) e Pedro Burmester, e tem feito várias incursões no fado, tendo composto, entre outros, para Camané, Cristina Branco e, mais recentemente, Hélder Moutinho.