O grupo britânico Radiohead continua igual a si próprio. Se as suas músicas já são conhecidas pela emotividade, então o que dizer de “A Moon Shaped”? Este mais recente álbum da banda é, muito provavelmente, o mais profundo e melancólico de toda a sua já brilhante discografia. Tudo isto são factos que o leitor poderá comprovar ao vivo, no próximo dia 8 de julho, no NOS Alive, em Lisboa.
A separação do vocalista Tom Yorke da sua companheira de longa data, Rachel Owen, bem como as tragédias políticas e ambientais que se verificam diariamente no nosso planeta terão tido uma influência profunda nesta fase musical mais depressiva dos Radiohead.
O experimentalismo subtil em relação aos seus outros registos discográficos associado às orquestrações de Jonny Greenwood ao longo dos diversos temas são o ponto forte deste novo disco, como se pode verificar logo na primeira faixa, mais concretamente em “Burn the Witch”.
Saltando do Reino Unido para Portugal, deparamo-nos com Samuel Úria, cujo mais recente álbum, “Carga de Ombro”, já está no mercado desde o passado dia 29 de abril.
Com uma escrita e arranjos bastante interessantes e levados a cabo pelo próprio artista principal, este disco mostra que toda a banda seguiu por uma linha entre o pop, rock e gospel.
Com a produção a cargo de Miguel Ferreira dos Clã, sugerimos-lhe que ouça e veja o tema “Dou-me Corda”:
A terminar chegamos ao 7.º álbum dos Afro Celt Sound System, intitulado “The Source”, banda de World Music que foi formada em 1995 e que, tal como o seu nome sugere, pratica uma fusão de Afrobeat (África) com música Celta (Irlanda).
Em termos de sonoridade, estamos a falar de uma mistura cultural vincada por uma grande versatilidade, com faixas que apelam à reflexão, meditação e paz interior como, por exemplo, “Beware Soul Brother” e “Child of Wonder”, e outras repletas de energia que nos convidam à celebração e à dança, como é o caso de “Cascade”, que pode ouvir aqui: