A imagem tornou-se viral, chegou ao Reino Unido e intensificou um debate sobre “dress code” no trabalho.
Nicola Gavins, de Alberta, Canadá, partilhou no Facebook uma foto dos pés de uma amiga que é empregada de mesa e está obrigada a trabalhar de saltos altos oito horas por dia. A imagem mostra os pés ensanguentados e o texto que a acompanha informa ainda que esta funcionária chegou a perder uma unha.
Numa mensagem destinada a quem frequenta o Restaurante Joey, em Edmonton, igualmente no Canadá, Nicola Gavins explica que a amiga “foi repreendida pelo seu gerente por trocar os saltos altos por sapatos rasos. Além disso, as mulheres que lá trabalham têm de comprar um uniforme” que custa aproximadamente 20 euros, enquanto os homens “podem vestir-se com uma roupa preta dos seus próprios guarda-fatos.”
Perante tudo isto, Nicola tirou as suas próprias ilações: “São requisitos arcaicos, sexistas e uma política totalmente nojenta.” Nesta sexta-feira, dia 13 de maio, o seu post já conta com quase 12 mil partilhas, quase mil comentários e seis mil reações.
Em Inglaterra, esta situação atiçou ainda mais um debate que se tem instalado por causa de uma prática idêntica.
Uma mulher, no primeiro dia de trabalho como rececionista de uma empresa do setor financeiro, explicou à sua entidade patronal que não conseguiria usar saltos de 5 a 10 centímetros durante o expediente, pois passaria grande parte das nove horas de trabalho em pé. Como resultado da queixa, foi dispensada.
Essa situação, vista por muitos como tremendamente injusta, motivou uma petição para que as empresas sejam proibidas de obrigarem as suas funcionárias a usarem saltos altos, visto que, está cientificamente provado, isso traz problemas para a saúde. O documento já foi assinado por mais de 100 mil pessoas, número suficiente para que o assunto seja debatido no parlamento.