Ellen DeGeneres é uma das mais conceituadas apresentadoras americanas.
Respeitada não só pelo seu percurso profissional mas também, e principalmente, por ser uma defensora dos ideais em que acredita, Ellen garante que “nem sempre foi assim”.
Embora hoje em dia fale abertamente sobre as suas escolhas sentimentais, lembra as dificuldades pelas quais passou quando decidiu assumir a sua homossexualidade, corria o ano de 1997.
Numa altura em que “tudo corria mal” – o seu programa “Ellen” havia sido cancelado e pessoalmente passava por um “período conturbado” – DeGeneres decidiu expor perante amigos, família e público no geral que a sua escolha no que toca a relações amorosas recaía sobre mulheres.
Resolvida nesse aspeto, Ellen recorda que o mais difícil foi contar aos pais, Elliot y Betty.
“Os meus pais divorciaram-se quando eu era muito pequena. A separação aconteceu porque eles tinham personalidades muito diferentes: enquanto a minha mãe é uma mulher forte, divertida e sarcástica, que me ensinou a fazer-me respeitar, o meu pai, embora seja um homem maravilhoso, sempre foi muito temeroso que me protegia em demasia e esperava que eu fosse uma rapariga discreta para evitar que alguém me fizesse mal, de tal forma que quando percebeu que eu era assumidamente lésbica passou mal”, confidenciou a apresentadora à revista Hello!.
“Não foi fácil. Aliás, a vida, no geral, deu-me lições muito duras, mas o importante é que aprendi com todas elas”, lembrou sublinhando que “são as adversidades que fazem com que a maioria das pessoas ganhe alguma auto-estima”.
Superados os “problemas” iniciais, Ellen conquistou o respeito dos seus pares e, sobretudo, da sua família que, hoje em dia, a apoia a cem por cento nas suas escolhas.
Casada com a atriz Portia de Rossi, de 43 anos, a apresentadora, de 58, atribui a solidez do seu matrimónio ao facto de ambas viverem o sentimento que as une “sem reservas, com naturalidade e com um profundo respeito uma pela outra”.
“Agora que tenho a Portia na minha vida consigo perceber melhor a convivência entre os seres humanos e a importância de receber atenção por parte da outra pessoa. Graças a ela e ao apoio que damos uma à outra sinto-me mais completa”, conclui.