Depois de ter sido operada há uma semana para retirar o tumor na mama, Sofia Ribeiro decidiu aventurar-se na condução.
No entanto, segundo o relato da própria, a viagem não correu de feição.
De acordo com o depoimento da atriz partilhado na sua página de Facebook, Sofia – que ia a uma velocidade reduzida, “quase parada”, para evitar o atrito provocado pelo “o estado das estradas dentro desta linda Lisboa que mais parece um queijo suíço”, e consequentemente a dor resultante da recente operação – quando foi surpreendida pela intransigência de outro condutor e da sua acompanhante.
“Não contente com esta aventura, já quase a chegar a casa, numa rua muito querida, cheia de uma linda calçada… que é o mesmo que dizer… Não respires e vai devagar a ver se isto não dói tanto e com sorte, chegas a casa com os mamilos no sítio onde os teus maravilhosos médicos amavelmente os colocaram. Lá vou eu a 40km, vá, 30km! E o carro de trás começa a buzinar como se não houvesse amanhã. Desvio-me para dar passagem aos senhores que vinham com certeza em urgência, só podia! Mas não, vinham mesmo só muito zangados. Param o seu carro ao lado do meu, o senhor, um doce. Só não chamou a minha mãe pelo seu nome, de resto não faltou nada. A senhora, que devia ser sua esposa… ‘Atao pah, não andas?’ Ao que eu respondo, minha senhora eu estava a andar mas vá lá a sua vida e vá com Deus. O Sr. seu marido, continuava docemente a mandar-me para todos os lados possíveis e imaginários.(…) A Sra em jeito de carinho (à sua maneira) ainda me diz: ‘Olha eu era tua fã mas já não sou!’… E com esta se foi”, contou a atriz numa “reflexão sobre o egoísmo” onde esclarece bem as suas atuais prioridades.
“Fiquei parada mais um bocadinho e pensei… Bem, noutra altura, eu que nunca fui santa nenhuma, pelo contrário, levar desaforo para casa não era comigo, com certeza a coisa azedava. HOJE, o meu objectivo era somente, chegar a casa e chegar como sai. Bem, alegre e com os pontos todos”, sublinhou apelando para que se olhe mais para o próximo.
“Nenhum de nós tem ideia do que cada pessoa enfrenta internamente cada vez que se cruza connosco. Ainda assim, ser gentil só nos pode fazer bem. Mais que não seja, à alma. Digo eu!”, concluiu Sofia mostrando que ninguém lhe rouba o sorriso.