Álbuns da Semana

Vários artistas, Capitão Fausto e Xenia Rubinos: tributo, maturidade e simplicidade

“Day of The Dead” não é um feriado, nem tão-pouco uma data digna de ser marcada no seu calendário. Trata-se, isso sim, do nome de um disco que contém 59 (!) covers exclusivas de canções dos Grateful Dead.

Com participação de um leque alargado de artistas, este álbum é não só um tributo à banda californiana, como também um veículo de angariação de fundos para a Red Hot Organization, uma fundação dedicada à luta contra a sida.

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Aaron e Bryce Dessner foram os curadores deste projeto e interpretam alguns dos temas, juntamente com a sua banda, os conhecidos “The National”. No total, são quase seis horas de interpretações extremamente curiosas e com estilos distintos, que o leitor vai seguramente querer descobrir.

Para começar, fique aqui com “Morning Dew”, precisamente pelos “The National”:

Um Pop Rock psicadélico e inspirado na época de 60 e 70 do século passado, com letras oriundas de uma transição da adolescência para a fase adulta, é o que se pode ouvir no mais recente e terceiro álbum da carreira dos lisboetas Capitão Fausto.

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Falamos de uma viagem que vai querer fazer, partindo de registos de lembranças nostálgicas, em “Alvalade Chama por Mim” e “Semana em Semana”, até uma consciencialização e preparação para o futuro, com uma nova maturidade.

Apesar de Capitão Fausto ter concerto marcado para dia 17 de agosto, no Festival Paredes de Coura, pode antecipar o que lá poderá ouvir. Fazendo “play” neste tema intitulado por “Tem de ser”:

Por último, mas não menos importante, sugerimos-lhe “Black Terry Cat”, o segundo disco de Xenia Rubinos, uma cantora norte-americana filha de pai cubano e mãe porto-riquenha.

Trata-se de uma artista que revela uma simpática dose de frescura e mantém-se a larga distância dos clichés da música Pop que usa na sua essência o R&B. Neste álbum, por exemplo, nota-se uma produção simples face à qual as músicas falam por si.

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Groove, som orgânico e batidas hip-hop são ingredientes muito bem aproveitados neste trabalho que conta ainda com um lado jazzístico intrínseco, que lhe oferece uma grande versatilidade.

Em jeito de despedida, deixámos-lhe, então, com “Lonely Lover”: