Aumentar o consumo de frutas e vegetais pode fazê-lo ficar mais feliz.
A conclusão é de um estudo publicado recentemente no jornal científico ‘American Journal of Public Health’.
Segundo adianta a publicação, comer oito porções de frutas e vegetais por dia pode levar as pessoas a uma mudança de bem-estar equivalente à observada em pessoas desempregadas quando conseguem um emprego.
“Aparentemente, comer frutas e legumes aumenta a nossa felicidade muito mais rapidamente do que melhora a saúde”, disse Redzo Mujcic, pesquisador de economia da saúde na Universidade de Queensland, na Austrália e coautor do estudo.
Cientistas da Universidade de Warwick, em Inglaterra, e da Universidade de Queensland, na Austrália, analisaram a dieta e o bem-estar de 12.385 adultos para compreender os efeitos psicológicos de comer mais frutas e legumes. Ao longo de dois anos de acompanhamento, os participantes relataram a quantidade consumida desses alimentos e informaram seu nível de satisfação com a própria vida, numa escala de 0 a 10.
Os resultados mostraram que as pessoas que aumentaram o consumo de frutas e verduras ao longo do estudo também apresentaram um aumento no nível de satisfação pessoal, de felicidade e bem-estar.
Naqueles que saíram de um consumo zero de frutas e vegetais para oito porções diárias, o aumento na satisfação de vida foi equivalente ao de pessoas que saíram do desemprego.
Essa associação manteve-se mesmo após serem considerados outros fatores, como mudança de renda ou circunstâncias de vida. Os cientistas afirmam também que o contrário – pessoas que estão mais felizes com suas vidas passam a comer mais frutas e legumes – é improvável.
Embora não saibam explicar exatamente o porque dessa relação, os autores acreditam que o efeito seja causado pelos antioxidantes presentes nesses alimentos.
“Talvez através dos nossos resultados seja agora mais eficaz convencer as pessoas a ter uma dieta saudável já que a recompensa psicológica do consumo de frutas e legumes é mais rápida do que a redução de riscos para a saúde, que só vêm décadas depois”, concluiu Mujcic.