O diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, que foi detido na quinta-feira pela PJ, ficou suspenso das funções públicas que exercia. O Tribunal de Instrução Criminal determinou ainda a proibição de contactar com funcionários e entrar no museu. Ficou em liberdade mediante caução de 50 mil euros.
Diogo Gaspar é suspeito de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) o arguido terá alegadamente favorecido “interesses de particulares e de empresas com vista à obtenção de vantagens económicas indevidas e suspeitas de solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores políticos”.
Há suspeitas também de que terá usado recursos do Estado para fins particulares e ter-se-à apropriado de bens móveis públicos, prejudicando “os interesses patrimoniais públicos”.
Durante as escutas telefónicas feitas no âmbito da investigação, que começou em abril de 2015, “foram intercetadas comunicações nas quais se intervém acidentalmente o Presidente da República”, refere a PGR, tendo estas sido destruídas por ordem do Supremo Tribunal.