Desde o passado domingo (10) que Éder, até então o ‘patinho-feio’, se transformou em herói nacional depois de ter marcado o golo da vitória frente à seleção francesa na final do Campeonato Europeu de Futebol.
Já de férias, o jogador não tem tido mãos a medir para as inúmeras solicitações. Toda a gente quer Éder!
Ontem, o campeão europeu marcou presença numa loja de equipamento desportivo no Chiado, em Lisboa, e foi notória a surpresa de centenas de pessoas que se juntaram para o aplaudir.
Admirado por uma nação, mas não só, por onde quer que passe o craque, é impossível deixar alguém indiferente. No entanto, apesar do feito, e do seu 1,90 m, de altura, o camisola 9 da seleção é a humildade em pessoa.
O passado, marcado pelo abandono e inúmeras dificuldades financeiras, fizeram dele o homem que é hoje. Agradecido pelas saudações, Éder afiança não guardar rancores de quem duvidou do seu valor e atribui o sucesso no campeonato a toda a seleção.
“Todas as dúvidas que tiveram de mim, pouco importou. Numa primeira fase foi importante mas depois abstraí-me e vivi na minha ‘bolha'”, justificou o jogador quando questionado sobre as críticas dos adeptos pela escolha de Fernando Santos, antes do Euro2016.
“As pessoas abordam-me na rua e lembram-me o momento do golo, vai ficar na memória, na minha e na dos portugueses. É um golo muito importante, fenomenal e penso que eu e os meus colegas vamos ser eternos, foi uma conquista enorme e gratificante que já esperávamos há muito tempo”, sublinhou de sorriso nos lábios à margem do evento.
O avançado do Lille é, sem dúvida, o homem do momento. Mas se pensa que a fama lhe subiu à cabeça, desengane-se. Éder faz questão de se manter rodeado por aqueles que estiveram sempre ao seu lado. Como é o caso de Susana Torres, a sua ‘mental coach’ que, mais uma vez, o acompanhou no triunfo.
Sobre o impacto do golo da vitória, Éder assumiu que poderá tornar-se num “exemplo” para as gerações do futuro.
“Acho que vão levar o meu golo com um exemplo. Vai ser um exemplo para todas as crianças, para que nunca desistam dos seus sonhos independentemente do facto de alguém acreditar ou não em nós. Somos nós que temos de acreditar nas nossas capacidades”, concluiu agora que se prepara para (depois de um período de descanso) regressar aos relvado franceses ao serviço de um clube (Lille) do país a quem impediu de ser campeão.
“Não sei muito bem o que vai acontecer quando voltar porque ganhámos aos franceses, não sei que receção vou ter, mas creio que o que vier vai ser ótimo”, disse despreocupado.