A localidade japonesa pediu à operadora do jogo para telemóveis ‘Pokémon Go’ que retire as criaturas alvos do jogo do Parque da Paz da cidade, que homenageia as vítimas da bomba atómica de 1945.
Segundo a imprensa nipónica, as autoridades locais pediram à companhia Niantic, parceira da Nintendo e da Pokémon Company na criação do jogo, que elimine ‘pokeparadas’ e ‘ginásios’ existentes no jogo de realidade aumentada, da zona que sofreu o primeiro ataque nuclear da história.
Hiroshima, situada no ocidente do país insular, quer eliminar os seres virtuais até 6 de agosto, dia do 71.º aniversário da explosão da bomba atómica e ocasião para uma cerimónia de homenagem, que as autoridades temem que seja afetada por causa do jogo.
No Parque da Paz já foram colocados cartazes a apelar aos jogadores que sejam responsáveis e cuidadosos. Outras localidades japonesas também já pediram a retirada do jogo de outras áreas como, por exemplo, Nagasaki – que também foi alvo de uma bomba atómica a 9 de agosto de 1945.
Também no Museu do Holocausto nos Estados Unidos foi pedido aos utilizadores que parem de ‘caçar’ pokémons no edifício. De acordo com o diretor do Museu, “o jogo não é adequado para um espaço que serve de memória às vítimas do regime nazi”.
De acordo com o ‘The Washington Post’, na base da contestação da direção do memorial está o facto de ter circulado nas redes sociais a imagem de um pokémon identificado como “Koffin”, que liberta um gás venoso para afastar os inimigos.
O pokémon localiza-se no átrio do museu, onde existem testemunhos de judeus que sobreviveram às câmaras de gás. O diretor do museu considera que é “estranho e ofensivo encontrar este jogo num local dedicado a fazer com que o mundo nunca se esqueça que milhares de pessoas foram mortas em câmaras de gás nos campos de extermínio nazi”.
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