O realizador brasileiro Hector Babenco morreu, ontem à noite, aos 70 anos. O cineasta, que era casado com a atriz Bárbara Paz desde 2010, sofreu uma paragem cárdio-respiratória no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado.
Hector Babenco deu entrada no hospital esta terça-feira para ser submetido a um procedimento cirúrgico à sinusite. A operação decorreu com normalidade, mas um dia depois sofreu a paragem.
O cineasta, que nasceu na Argentina mas naturalizou-se brasileiro, era considerado um dos profissionais mais importantes do país. Realizou os filmes ‘Pixote’, ‘O Beijo da Mulher-Aranha’, com o qual foi nomeado para os Óscares em 1985, e ‘Carandiru’.
A sua última obra foi o filme autobiográfico ‘Meu Amigo Hindu’, em 2015, que fala de um realizador que tem cancro em fase terminal. Babenco teve um linfoma linfático nos anos 1990, tendo sido submetido a um transplante de medula.
Bárbara Paz, que entrou na novela ‘Viver a Vida’ e está atualmente a contracenar na peça de teatro ‘Gata em telhado de Zinco Quente’, fez uma declaração de amor ao marido na altura em que aquele deu entrada no hospital.
“Ser profundamente amado por alguém nos dá força; amar alguém profundamente nos dá coragem. Lao-Tsé”, escreveu há dois dias na sua página de Instagram, com uma foto das mãos de ambos.
Várias figuras públicas brasileiras também já fizeram questão de lamentar a morte do cineasta. “‘Contento-me em ser uma pessoa não resolvida(…) acho que das minhas imperfeições, ainda sairão coisas interessantes’. RIP Hector Babenco”, escreveu Gilberto Gil, compositor e ex-Ministro da Cultura do Brasil.
Hector Babenco deixa ainda duas filhas e dois netos.
