A confirmação vem de um grupo de investigadores internacionais que analisou 16 estudos com dados sobre mais de um milhão de pessoas.
Publicado na revista The Lancet, o novo estudo é uma “análise harmoniosa” de outros estudos que agrupa e compara de forma coerente os dados existentes.
Inúmeros estudos apontam para os perigos da vida sedentária, sobretudo no mundo ocidental onde os trabalhadores passam muitas horas sentados no carro ou à secretária.
Esta inatividade tem resultados significativos na saúde das pessoas. Todos os anos mais de cinco milhões de pessoas de todo o mundo morrem por não terem cumprindo as recomendações mínimas de atividade física, refere a Universidade de Cambridge no comunicado onde divulga os resultados do novo estudo.
Para evitar estes problemas de saúde, os investigadores recomendam 60 a 75 minutos de exercício moderado por dia.
“A nossa mensagem é positiva: é possível reduzir – até eliminar – estes riscos se formos suficientemente ativos, mesmo sem praticar desporto ou ir ao ginásio”, diz o professor Ulf Ekelund, da Universidade de Cambridge, um dos elementos que participou na investigação.
O estudo incluiu dados de mais de um milhão de homens e mulheres. Os indivíduos foram agrupados em quatro grupos dependendo do seu nível de atividade física, começando em 5 e acabando em 60 minutos de exercício por dia.
A análise aos dados revelou que as pessoas menos ativas têm entre 28 a 58 por cento mais chances de morrer prematuramente.
“Para as pessoas que se deslocam de carro para o trabalho e têm empregos de escritório, não há maneira de evitar estarem sentados durante períodos prolongados”, continua o professor. “Para estes, em particular, não podemos reforçar o suficiente a importância de fazer exercício, seja uma caminhada na hora do almoço, uma corrida de manhã ou ir de bicicleta para o trabalho,” conclui Ulf Ekelund.