Chama-se Marieke Vervoort, sofre de uma doença degenerativa que a paralisa da cintura para baixo e tem dois objetivos imediatos: subir ao pódio nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, competição que se disputará entre 7 e 18 de setembro, e depois… morrer.
Esta é a triste realidade de quem não consegue dormir mais de 10 minutos por noite e que sofre vários desmaios por dia devido às dores fortes que a doença lhe provoca.
“O Rio é o meu último desejo, espero acabar a minha carreira com um pódio. Começo a pensar na eutanásia. Quero que todos tenham uma taça de champanhe na mão e um pensamento feliz para mim”, anunciou em entrevista ao jornal francês “Le Parisien”.
Vervoort irá participar nas provas de 100 e 400 metros rasos em cadeira de rodas e garante que a competição é a sua “única razão de viver.” Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, conquistou uma medalha de ouro (100 metros) e duas de prata (200 e 400).
Agora, tentará subir ao pódio no Jogos do Rio. Depois concluirá o seu processo de solicitação de eutanásia, recurso que é legal na Bélgica desde 2002. Para eternidade, ficará com o rótulo de lenda olímpica.
