São uma das melhores bandas em Portugal e, perante esse estatuto conquistado a pulso, já se justificava um registo com a melhor seleção dos temas que fizeram parte da sua carreira musical.
“O Melhor dos Clã” foi editado no final do mês de julho e é um disco que contém temas escolhidos pelos próprios elementos do grupo, desde os tempos de “LusoQUALQUERcoisa” – o primeiro álbum da banda, que comemora este ano o 20.º aniversário da sua edição -, passando depois por “Kazoo”, “Lustro”, “Rosa Carne”, “Cintura”, “Disco Voador” e “Corrente”.
Este coletânea tem um pouco de tudo isso e ainda mais, pois não esquece “Afinidades”, o disco ao vivo com Sérgio Godinho, nem tão-pouco as participações dos Clã nos discos de homenagem aos Xutos & Pontapés e a Rui Veloso.
Ao todo, são 20 canções para (re)descobrir e deixámos-lhe aqui o tema “Asas Delta”.
Do melhor que há da música portuguesa, passamos para a australiana e deparámo-nos com “The Avalanches”.
Dezasseis longos anos após “Since I Left You”, esse grupo de música eletrónica do país dos cangurus regressou com “Wildflower”, um disco recheado de criatividade e variedade no estilo entre as diversas músicas, sendo que todas são fruto de uma fusão.
Em “Subways” (tema mais virado para as pistas de dança), por exemplo, ouvimos um instrumental disco/house e os vocais são de crianças. Já “Colors” é um tema mais calmo, com uma base de rock psicadélico e outra de hip-hop.
Com ritmos arrojados e, espante-se, trechos de humor, este novo disco tem colaborações de “Ariel Pink”, “Father John Misty”, Toro Y Moi e… surpresas suficientes para ouvir com atenção.
Valeu a pena aguardar, conforme pode constatar neste tema intitulado “Frankie Sinatra”:
A fechar, voltamos a Portugal e ao mais tradicional que o nosso país tem no mundo da música: o fado. No caso, o de Raquel Tavares.
“Raquel” chega oito anos depois do sucesso “Rosa Madragoa” (2008) e, de acordo com as palavras da própria fadista, este “é um disco com mais mundo, com mais idade, mais maduro, não só do ponto de vista artístico, mas, acima de tudo, pessoal. Por isso é que se intitula ‘Raquel’”. Ainda de acordo com a intérprete, neste novo trabalho existe “uma consciência tranquila” das suas origens.
O álbum abre com “Deste-me um beijo e vivi”, do poeta João Dias, uma criação de Beatriz da Conceição, falecida em novembro do ano passado, uma fadista que é uma “absoluta referência” para Raquel Tavares.
No entanto, o que lhe sugerimos ouvir e ver é este vídeo do tema “Meu Amor de Longe”: