‘Quem?’ Se ainda faz essa pergunta é porque não tem estado atento ao mundo olímpico. Pita Taufatofua, porta-estandarte do Tonga, que deixou o público em delírio com os seus abdominais e corpo oleado no primeiro dia dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ainda não entrou em ação.
O lutador de taekwondo vai ter a sua prova na modalidade acima dos 80 kgs, masculino, este sábado, dia 20. O adversário nos oitavos de final será Sajjad Mardani, do Irão.
Entretanto, o atleta tem aproveitado os dias no Rio de Janeiro para passear e dar entrevistas. É que Taufatofua já foi elevado a um patamar de estrela planetária.
“A verdade não é glamourosa nem brilhante. A verdade é que tenho tido inúmeras lesões, que perdi mais combates do que ganhei, que passei por dificuldades financeiras e perdi amizades na busca pelo meu sonho. O que me orgulho não é da minha habilidade, existem tantos outros melhores do que eu… O que me orgulho é da minha persistência, não páro! O desafio é o meu campo de batalha”, começou por escrever nas redes sociais.
“Estes atributos não são únicos mas nascem connosco. Não te sentes a um canto, não deixes que o mundo dite o que podes ou não alcançar! Hoje tive a oportunidade de conhecer os meus colegas olímpicos, os colegas que irei defrontar dentro de dias. Que honra, que privilégio em estar aqui! Nunca desistam!”, lembrou.
O atleta tem 32 anos, mede 1,91 metros de altura e pesa 100 quilos. Nasceu na Austrália, filho de mãe australiana e pai tonganês, e foi criado em Tonga.
Estes são os seus primeiros Jogos Olímpicos e a primeira vez que o pequeno país da Polinésia tem um lutador de taekwondo na comitiva (constituída por apenas sete atletas). Pita Taufatofua já conseguiu um feito: ficar na história das Olimpíadas.