A atriz Maria Eugénia tinha 89 anos.
Estreou-se como actriz, em “A menina da rádio” (1944), de Arthur Duarte, onde dava vida à “menina Geninha” ao lado de nomes como Maria Matos, António Silva, Curado Ribeiro e Maria Olguim.
O sucesso fez com que voltasse ao cinema, pela mão do mesmo realizador para participar em “O leão da Estrela” (1947), onde contracenou com António Silva, Milú, Erico Braga, Laura Alves e Óscar Acúrcio, entre outros. Maria Eugénia desempenha o papel de “Branca”, a irmã meiga e boa que se incomoda com as fantasias de grandeza do pai e da irmã, papéis desempenhados respetivamente por António Silva e Milú.
Paralelamente desenvolveu uma carreira de cantora, tendo participado em vários programas radiofónicos, designadamente no popular “Serão para trabalhadores”, da ex-Emissora Nacional.
Em Espanha participou em vários filmes, entre eles, “O hóspede do quarto n.º 13”, uma coprodução luso-espanhola, e ainda “Los héroes del 95” (1947), de Raúl Afonso, “Cuándo los ángeles duermen” e “Conflicto inesperado”, ambos de 1947 e de Ricardo Gascón.
Nestes dois últimos filmes contracenou, entre outros, com o ator Amedeo Nazzari (1907-1979) que levou a que o realizador Vittorio de Sica a convidasse para ir filmar a Itália. Maria Eugénia recusou o convite.
Além do cinema e da rádio, participou também em várias peças de teatro, tanto em Espanha como em Portugal.
A atriz pôs fim à carreira de atriz quando casou com o médico António Pinto do Amaral, de quem se divorciou anos mais tarde.
O filho da atriz, António Pinto do Amaral disse à Lusa que a mãe morreu no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mas não adianto pormenores das exéquias, que “deverão realizar-se sexta-feira ou sábado”.
Maria Eugénia Rodrigues Branco nasceu em Lisboa no dia 01 de abril de 1927.