Já se sabia a data da cerimónia de canonização de Madre Teresa de Calcutá, mas agora que estamos quase a chegar a 4 de setembro já se sabem mais pormenores.
A cerimónia está marcada para 10h30 de Roma (menos uma em Lisboa), sob a presidência do Papa Francisco na Praça de São Pedro, no Vaticano. No mesmo dia vai ser celebrado o Jubileu dos Voluntários e Trabalhadores da Misericórdia.
Seis anos depois da sua morte, foi beatificada por João Paulo II em 2003. O anúncio da canonização chegou em dezembro do ano passado, depois do Papa Francisco ter aprovado a cerimónia.
Em causa está a cura miraculosa de um homem brasileiro, de 35 anos, afetado por uma grave doença no cérebro, que se curou de uma forma tida como inexplicável.
Ganxhe Bojaxhiu, a Madre Teresa, nasceu em Skopje (Macedónia), pequena cidade com cerca de 20 mil habitantes então sob domínio otomano, a 26 de agosto de 1910, no seio de uma família católica que pertencia à minoria albanesa, no sul da antiga Jugoslávia.
Ainda jovem acabou por embarcar rumo a Bengala, passando por Calcutá até Dajeerling, numa casa da Congregação fundada pela missionária Mary Ward, onde escolheu o nome de Teresa. Absorveu o estilo de vida bengali e, posteriormente, transmitiu-o às suas religiosas, quando fundou as Missionárias da Caridade.
O seu trabalho nas ruas de Calcutá centrou-se nos pobres da cidade que morriam todas as noites, vestida com um sari branco, debruado de azul, a imagem com que o mundo se habituou a vê-la. Ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1979 e a sua vida já vai dar um filme.
Esteve três vezes em Portugal, a acompanhar os primeiros passos da Congregação das Missionárias da Caridade. Morreu a 5 de setembro de 1997, em Calcutá, aos 87 anos. Vai ser santa no dia anterior ao do seu 106º aniversário natalício.