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Bruce Springsteen fala pela primeira vez da sua luta contra a depressão

Prestes a completar 67 anos, Bruce Springsteen irá assinalar a data com o lancamento da sua autobiografia já no final do mês de setembro.

Em entrevista a propósito de ‘Born to Run’, o músico confessou sofrer de depressão há 30 anos. Uma luta narrada nas páginas do livro que aí vem.

“Eu colapsei entre os meus 60 e 62 anos, depois voltei a ter uma recaída entre os 63 e 64”, esclarece acrescentando que essas “não são boas memórias.”

Springsteen revela ainda que sua esposa, Patti Scialfa, foi fundamental para aprender a lidar com a doença e determinante na procura de ajuda: “Patti observava comboio de carga, carregado de nitroglicerina, a descarrilar. Ela levou-me ao médico e disse: ‘este homem precisa de remédios’”.

Apesar de ser um artista muito animado em palco, nos bastidores Bruce sentia-se incapaz de manter a mesma alegria, chegando muitas vezes a sentir-se exausto.

Para além disso, dá ainda conta que temia seguir o mesmo caminho que o pai, Douglas Frederick Springsteen, que morreu em 1998, depois de uma longa batalha contra o vício no álcool e problema mentais.

A doença do pai interferiu no relacionamento familiar. Segundo o músico, o patriarca nunca disse ao filho que o amava. “Dava para ouvir sua voz tentando formar a frase, mas as palavras não conseguiram sair”, relembra sublinhando que outros parentes foram diagnosticados com distúrbios psicológicos, como ansiedade e tricotilomania, mas nenhum chegou a ser tratado.

A autobiografia da estrela de rock estará à venda a partir de 27 de setembro. Em ‘Born to Run’, Bruce Springsteen contará ainda histórias de infância, falará dos seus ídolos e dos primeiros anos de uma carreira que está quase a celebrar o 50º aniversário.