Muitas mulheres recorrem ao ‘duche vaginal’ para limpar o interior da vagina e se livrarem de odores indesejados, mas os efeitos a longo prazo pode ser muito graves.
“A vagina contém mais bactérias do que qualquer outro lugar do corpo a seguir ao intestino, mas as bactérias estão lá por uma razão”, destaca o professor Ronnie Lamont, porta-voz do Royal College de obstetras e ginecologistas.
Um estudo realizado pela Universidade do Texas investigou a relação entre o ‘duche vaginal’ e o risco de contrair Vírus do Papiloma Humano (HPV) em 1271 mulheres com idades entre os 20 e os 49 anos.
O estudo, publicado no Journal of Infectious Diseases, descobriu que este hábito aumenta em 26% a probabilidade de uma mulher ficar infetada com um grande número de estirpes, como reporta o Independent.
Mas mais preocupante é que este hábito aumenta ainda em 40% o risco de infeção com um maior número de estirpes de HPV causadores de cancro. Ou seja, a probabilidade das mulheres que recorrem ao ‘duche vaginal’ desenvolverem cancro, principalmente ao nível dos ovários, praticamente duplica em relação a outras que não recorram a esta prática durante a sua higiene intima.