Ainda falta algum tempo para a cerimónia de entrega do prémio mais disputado do cinema internacional – agendada para 27 de fevereiro do próximo ano – no entanto, já se “fazem apostas” sobre qual das longas metragens a concurso poderá levar o galardão para casa.
Na corrida e já com papel de favorito está ‘La La Land’, de Damien Chazelle, de 31 anos, o mesmo que em 2015 concorreu a cinco prémios com o filme ‘Whiplash – Em Busca da Perfeição’, tendo ganho três.
E, embora seja cedo para previsões, a verdade é que a temporada de festivais que tem vindo a acontecer mostra uma tendência favorável para o filme protagonizado por Ryan Gosling e Emma Stone.
‘La La Land’ saiu de Veneza ovacionado, com a Coppa Volpi de melhor atriz para Emma Stone. A recepção em Toronto foi igualmente calorosa, com aplausos em cena aberta em plena sessão para a imprensa, que costuma ser mais comedida em termos de reações.
Embora se trate de um musical, e uma homenagem ao cinema de antigamente – construído na base de sucessos como ‘Os Miseráveis’ ou ‘Chicago’ -, a longa metragem é uma carta de amor à própria cidade, frequentemente descrita como estranha, difícil, desértica, sem charme. Chazelle está disposto a desvendar a beleza de Los Angeles para quem pensa assim, sem esconder as suas peculiaridades. Mais do que a cidade dos anjos, LA é a cidade dos sonhos e dos sonhadores, como ‘Sebastian’, que quer montar um clube de jazz, e ‘Mia’, que veio de outro lugar, como milhares de outros jovens, para tentar uma carreira em Hollywood. Os mesmos sonhos que unem os dois também podem separá-los ou simplesmente desfazerem-se, e há uma melancolia a pairar no ar.
Uma aposta no clássico que poderá valer uma estatueta ao jovem diretor e, quiçá, aos protagonistas da história.