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Margarida Vila-Nova: “Nós, emigrantes, habituamo-nos a viver com saudades”

Exclusiva do canal de Carnaxide, Margarida Vila-Nova divide, há já alguns anos a sua vida entre Macau – onde criou vários negócios e vive com o marido e os filhos – e Portugal, país onde nasceu e se tornou atriz.

Longe do pequeno ecrã desde o “projeto vencedor”, ‘Mar Salgado’ – que terminou em 2015 – a mulher do realizador Ivo Ferreira dedicou o último ano ao cinema onde, junto com o marido, deu voz ao filme ‘Cartas de Guerra’ que retrata o período da Guerra Colonial, durante o qual António Lobo Antunes, destacado como médico do exército português em Angola, enviou várias cartas apaixonadas à sua mulher, Maria José, que ficou sozinha e grávida em Lisboa.

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Em Lisboa temporariamente, Margarida falou do futuro e da forma como lida com a distância imposta pela vida que escolheu.

Casada com Ivo desde 2008 com quem tem dois filhos, Martim e Dinis, de oito e seis anos respetivamente, a atriz confessa que “como boa emigrante passei o agosto em Portugal”.

Afastada da televisão há mais de um ano, justifica que precisa “desse tempo entre um projeto e outro para digerir e voltar com mais força”. Exigente com o seu trabalho, sublinha que “ser protagonista exige muito do ator”.

A preparar o regresso a Macau, onde irá gravar a longa metragem ‘Hotel Império’, tem aproveitado para rever a família, alguns amigos e colegas, e matar saudades do seu país agora que só tem data de retorno a Portugal marcada para 2017, altura em que dará vida a uma nova personagem na SIC.

Ciente do equilíbrio que tem de encontrar para viver entre “o melhor de dois mundos”, Margarida Vila-Nova conclui que enquanto emigrante já aprendeu a lidar com aquele sentimento tão português: “Com o tempo habituamo-nos a viver com saudades. Um dia da avó outro dia do mar e da comida,…”.

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