Emanuel é um nome bem conhecido dos portugueses. Presença assídua nas várias festas espalhadas pelo país e além fronteiras, o cantor tem desde sempre pautado a sua vida privada pela discrição, “talvez pelo facto da minha vida pública ser tão intensa e absorvente, e por querer ter um pequeno oásis de paz onde posso voltar sempre que preciso”, justifica.
Ainda assim, aos 59 anos, o artista sentiu que fazia sentido partilhar a sua história e daí o livro “Nascemos Para Ser Felizes”. Uma biografia, escrita pela jornalista Elizabete Agostinho e editada pela Guerra e Paz, apresentada esta terça-feira à noite na Fnac do Colombo, em Lisboa, perante vários amigos, familiares – entre eles a mulher, Sónia, e os quatro filhos, Samuel, de 36 anos, Emanuel, de 17 e os gémeos Miguel e Gabriel, de 10 – e fãs do cantor, e que conta momentos íntimos do percurso de Emanuel, até agora desconhecidos.
A obra, apresentada por Júlia Pinheiro, revela, entre outras coisas a forma como o cantor perdeu a virgindade aos 13 anos: com uma prostituta.
Uma narrativa que “mostra o homem que está por trás do artista” com uma vida “igual à de muitos homens e mulheres que nasceram pouco depois da segunda guerra mundial”.
“Ao ler este livro, vai ser possível compreender porque é que tantas crianças (tal como eu) começavam a trabalhar com apenas 10 anos de idade, como era necessária a luta e a dedicação ao trabalho para conseguir concretizar sonhos, o seguir em frente depois de cometer erros, o querer dar o melhor aos filhos, e o não ter medo de arriscar para conseguir ir mais longe”, afiançou o protagonista no seu discurso sublinhando que a obra “não pretende salientar a vida de alguém que é famoso, pretende relatar a vida de um homem que foi adolescente quando deveria ter sido criança, que foi homem quando deveria ter sido adolescente, que acreditava que nasceu para ser feliz e que fez o que estava ao seu alcance para o conseguir e que, todos os dias… é grato ao Céu por ter conseguido”.
Veja as imagens da apresentação de “Nascemos Para Ser Felizes”:
Fotos: Neusa Ayres / Guerra e Paz Editores