O alerta vem da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR). A osteoporose afeta 12% da população adulta portuguesa e é encarada como um problema de saúde pública.
Isto porque afeta sobretudo mulheres acima dos 50 anos (39%) mas está subdiagnosticada [não foi suficientemente explicada ou identificada]. Apenas 15% das mulheres portuguesas pós-menopáusicas com osteoporose refere estar sob terapêutica e só 19% mencionam ter feito algum tratamento no passado.
A osteoporose é uma doença óssea metabólica, caraterizada por diminuição da massa óssea, maior fragilidade óssea e maior suscetibilidade a fraturas, principalmente, da cabeça do fémur, coluna vertebral e punho, que constituem as suas complicações mais graves.
Hoje sabe-se que a prevalência destas fraturas aumenta exponencialmente com a idade e difere entre os sexos. Estudos europeus revelam que oito em cada 20 (40%) mulheres e três em cada 20 (15%) homens irão sofrer uma ou mais fraturas osteoporóticas ao longo da sua vida. Após os 65 anos, o risco de fratura aumenta exponencialmente e a frequência de fraturas nas mulheres é 2-3 vezes superior à dos homens.
Para o Presidente da SPR, João Eurico da Fonseca, “a osteoporose em Portugal é um problema de saúde pública. Apesar do melhor conhecimento desta doença por parte dos profissionais de saúde e pela população, continuamos a verificar um subtratamento da mesma. As recomendações, que vamos tornar públicas no dia 22 de outubro, no decorrer das Jornadas de Outono da SPR, visam reduzir o risco e a frequência de fraturas osteoporóticas, que estão associadas a uma alta taxa de mortalidade, através de práticas clínicas validadas, que permitem uma utilização eficaz dos recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis”.