Um estudo que contou com a participação de mais de 18 mil pessoas revela que a forma mais eficiente para se sentir plenamente descansado é estar sozinho.
O ‘Teste do Descanso’ foi uma pesquisa realizada pela BBC e a fundação Hubbub, um coletivo internacional de investigadores vinculados à Universidade Durham, em Inglaterra, com o objetivo de desvendar o que significa “descansar” para pessoas de diferentes partes do mundo.
“Descansar” pode significar muitas coisas: aplica-se apenas ao corpo ou também à mente? Enquanto para alguns a mente não pode descansar enquanto o corpo não estiver a descansar, para outros a mente só consegue descansar depois de “cansar” o corpo, como por exemplo em intensas atividades físicas – 16% das pessoas disseram que “descansam” com exercício físico.
Cerca de dois terços dos que responderam à pesquisa disseram que gostariam de ter mais tempo para descansar. Quase um terço afirmou que precisa de mais tempo de descanso do que a média das pessoas, enquanto 10% responderam que precisariam de menos tempo do que a média.
Uma das questões do teste, que contou com a participação de mais de 18 mil participantes de 134 países, perguntava quanto tempo as pessoas tinham descansado no dia anterior, deixando-as livres para responder da maneira que quisessem. A média foi de três horas e seis minutos.
Outra parte do teste dava às pessoas uma longa lista de atividades, perguntando quais delas seriam as três mais “relaxantes” – o resultado foi, de certa forma, inesperado.
Cinco atividades que foram consideradas as mais relaxantes: ler (58%); estar em contacto com a natureza (53,1%); estar sozinho (52,1%); ouvir música (40,6%) e não fazer nada em particular (40%).
O motivo pelo qual as pessoas preferem estar sozinhas pode ser explicado pelas respostas dadas quando perguntadas sobre o que vem à mente quando estão a fazer atividades diferentes.
“As pessoas disseram que, quando estão sozinhas, em geral focam-se mais naquilo que estão a sentir, no seu próprio corpo e nas próprias emoções”, explica o psicólogo Ben Alderson-Day, psicólogo da Durham University e um dos autores do estudo, em entrevista à BBC.