Telma Monteiro é, aos 30 anos, a judoca mais medalhada de sempre em Portugal, tendo sido cinco vezes campeã da Europa e quatro vezes vice-campeã do mundo, além da medalha de bronze que ganhou nos Jogos Olímpicos deste ano.
Depois de a Federação Portuguesa de Judo ter anunciado no sábado que lhe ia atribuir a graduação de 5º ‘dan’ e a Medalha de Honra, e de Telma Monteiro ter agradecido “com humildade”, agora houve uma volta-face.
A atleta apercebeu-se que só ia receber o 5º ‘dan’, em vez do 6º ‘dan’ (grau superior que ela diz que merecia), e por isso rejeitou a distinção, dizendo-se injustiçada.
“Recentemente a federação atribuiu a alguns judocas – que contribuíram para o desenvolvimento do judo português – o 6º ‘dan’ por mérito. Hoje, a federação atribuiu-me o 5º ‘dan’, talvez fosse esperado que ficasse feliz, mas confesso que fiquei surpreendida e triste – o que mais teria de fazer para também merecer a distinção do 6º ‘dan’? -, por isso, humildemente, reneguei essa honra”, escreveu esta segunda-feira na sua página de Facebook.
“Se aceitasse ser 5º ‘dan’, teria de ter oito anos esta graduação. Iria olhar para a minha cintura e ficar triste por ter aceite algo inferior ao que já foi atribuído. Logo após a cerimónia informei a federação da minha decisão. Quem me conhece bem, não ficará surpreendido. Todos os dias luto para ser a melhor e não para ganhar prémios, mas também acredito que quando são atribuídos devem sê-lo de forma justa. Prometo que, mesmo sendo 3º ‘dan’, continuarei a honrar orgulhosamente o judo português”, continuou.
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As graduações no judo, nomeadamente os 10 ‘dan’, representados genericamente pelo cinto preto, podem ser alcançadas através de exames ou por mérito.
