Bastou que a sua mulher, experiente em política, o tivesse visto a discursar na televisão para que ele tirasse a mesma conclusão: Donald Trump tinha potencial para ser presidente dos norte-americanos.
Estamos a falar de Richard Nixon, ex-presidente dos EUA entre 1968 e 1974, ano em que renunciou ao mandato devido ao escândalo ‘Watergate’, denunciado pelo jornal ‘The Washington Post’ e que revelou as ligações entre o republicano e um esquema ilegal de instalação de escutas no escritório do Comité Nacional Democrata, no Complexo Watergate, em Washington.
O 37º presidente escreveu uma carta ao empresário a dar conta do seu potencial. Pequeno pormenor: foi no ano 1987. Trump tinha 41 anos mas já se destacava como empresário do setor imobiliário.
“Querido Donald. Não vi o programa, mas a minha esposa (Patty Nixon) disse-me que você foi fantástico no programa de Phil Donahue (apresentador de talk-show)”, escreve Nixon.
“Como pode imaginar, ela é uma especialista em política e prevê que no dia em que você quiser concorrer à presidência dos Estados Unidos será o vencedor”, concluiu.
A carta, com apenas dois parágrafos, foi enviada pelo biógrafo do empresário, Michael D’Antonio, ao jornal ‘The New York Times’ quando preparava um livro sobre o bilionário – que pensava batizar de ‘Never Enough’ (‘Nunca o suficiente’), mas que acabou por receber o nome de ‘The Truth About Trump’ (‘A verdade sobre Trump’).
A missiva voltou a vir à tona depois destas eleições.
