O estudo foi divulgado pelo próprio Imperial College London na sua página da internet, no final da semana passada.
Trata-se de um novo tipo de teste de VIH que pode ser conectado a um computador via USB e que promete resultados mais rápidos.
De acordo com os investigadores daquela universidade de Londres, o dispositivo é capaz de detetar a presença do vírus numa gota de sangue (como acontece no método de ‘picar o dedo’, que os pacientes com diabetes fazem em casa para controlar os níveis de açúcar no sangue) e gerar um sinal que pode ser lido graças à conexão.
Ou seja, um teste quase em instantâneo, pois o resultado fica disponível em cerca de 30 a 60 minutos.
Segundo salienta Graham Cooke, um dos autores do estudo, a monitorização da carga viral é crucial para o sucesso do tratamento do VIH.
Os atuais tratamentos envolvem potentes drogas antirretrovirais, que reduzem a quantidade de vírus nas células sanguíneas. São eficazes, embora os pacientes precisem de exames de sangue regulares para verificar a medição da carga viral. Caso o paciente se torne imune ao medicamento, o aumento na quantidade de VIH no sangue será notável.
E é isso que o exame pretende detetar: a quantidade de vírus na corrente sanguínea. O dispositivo USB ainda está em fase de testes e ainda não se sabe se ou quando chega ao mercado.
Em Portugal o resultado de um teste ao VIH em laboratório demora cerca de uma semana a ser disponibilizado, dependendo do laboratório. Nos Centros de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH (CAD) é utilizado um teste rápido, feito no momento e cujo resultado fica disponível em cerca de 30 a 60 minutos.
Foto da pen: Site do Imperial College London