Chama-se ‘HomeChoice Claria’ e é um sistema de diálise peritoneal automatizado que já existe em três hospitais portugueses, mas que permite que os doentes renais façam a diálise em casa.
Através da plataforma inovadora Sharesource, permite ligar remotamente, através de dados móveis, os doentes que efetuam a Diálise Peritoneal Automatizada (DPA), que é realizada em casa, aos profissionais de saúde que os acompanham nos hospitais.
A Baxter Portugal lançou este sistema num projeto piloto que começou em três hospitais (Hospital de Santa Maria e Santa Cruz em Lisboa, e Centro Hospitalar São João no Porto).
Com o Sharesource, os médicos podem aceder remotamente à informação de tratamento dos seus doentes, efetuando os ajustes necessários e possibilitando um cuidado personalizado.
Algumas das vantagens desta plataforma incluem o acesso rápido aos dados específicos de tratamento dos doentes, o que permite uma gestão mais proativa por parte dos profissionais de saúde, bem como uma monitorização mais próxima e frequente do tratamento e uma maior disponibilidade para o suporte adequado.
O sistema HomeChoice Claria permite ainda uma deteção mais rápida de problemas associados ao tratamento, e também um menor número de visitas de emergência e hospitalizações. É facilmente percetível ao utilizador, tem um ecrã grande e de visualização fácil dos dados e um interface universal disponível em 41 línguas.
“No fundo, isto traduz-se num aspeto muito importante para nós, que é a confiança que os doentes sentem quando sabem que têm o seguimento próximo de um profissional de saúde, a partir do conforto das suas casas. Mas igualmente relevante é o facto de reduzirmos as visitas ao hospital, bem como o tempo que poupamos aos profissionais de saúde, tornando mais eficientes as práticas clínicas”, explica Filipe Paias, Diretor-Geral Baxter Portugal.
Este é um “passo muito importante” no setor da diálise e para melhorar a vida de quem sofre de insuficiência renal.
Todos os anos surgem mais de 2 mil casos de doentes em falência renal. Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, no ano de 2015, encontram-se em tratamento substitutivo da função renal 18 928 doentes. Os números apontam para 12 265 doentes em diálise, dos quais 751 em diálise peritoneal e 11 514 em hemodiálise.